segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Relacionamentos I

Existe coisa mais assustadora que um novo relacionamento? Talvez doenças e a morte!

Quando começamos a sair com alguém tudo é dúvida, medo, receio, falta de saber o que falar, o que fazer, o que propor... é complicado demais!

Por isso as vezes invejo as sociedades antigas onde os casamentos eram arranjados. Ok, perdia-se a parte do amor, dos galanteios, do frio na barriga, dos sorrisos bobos... mas, as pessoas tinham vários códigos de conduta que tornava tudo mais tranquilo...

Ok, eu li o parágrafo acima e concordo com você: Era chato!

E novos relacionamentos tem a vantagem de, tirando tristes exceções, não serem chatos. Até pelos medos, pelas coisas novas que começamos a lidar, não tem como ser chato.

Ir ao cinema, coisa que você já fez várias vezes, tem um “que” diferente quando estamos começando a sair com alguém.
Na verdade nem dá pra dizer o que é, mas o fato de não saber se a pessoa gosta de ver mesmo o filme ou vai preferir ser interrompida por beijos furtivos, ou se gosta de abraçar durante a sessão, ou se cochila, tudo isso nos tira a concentração. E nem estou falando do escolher o filme, que é sempre complicado quando não se conhece a pessoa.

Não sei vocês, mas eu escolho um filme para agradar quem vai comigo, sou homem, nasci pra agradar as mulheres, então meu gosto nunca conta... talvez por isso eu não goste tanto assim de cinema.
Mas mesmo assim é foda! As mulheres tem a estranha mania que dizer: “ah num sei, escolhe você...” Sei que é tipo um teste, mas será que não passa pela cabeça delas que a gente também quer fazer testes?!?

Aliás, como se faz “testes” nestes períodos de recém-relacionar-se...
As palavras são medidas, escolhemos o lugar, o cardápio, as histórias, enfim tudo, para impressionar ou, no mínimo, não chocar.
Eu por exemplo jamais levaria uma mulher que estou conhecendo pra ver São Bernardo F.C. contra Grêmio Guarulhos num domingo pela manhã... seria demais eu acho.
Assim como nenhuma mulher, nos primeiros momentos, levou-me para comprar na C&A aquele vestido que ela estava namorando... temos que ter cuidado!

E o telefone! Ah meu Deus o telefone! Eu penso assim, eu liguei da ultima vez, então, a não ser que eu tenha comentado que ia ligar novamente, eu espero ela me ligar...
O problema dessa tática é a droga do tempo que a pessoa demora pra te ligar, e o numero de vezes que a gente olha o celular pra ver se a criatura ligou e a gente não percebeu. Como se isso fosse possível diante do fato que ficamos com o celular na mão clamando para que ele toque.

E tem o contrário, tem sempre a ligadora ou o ligador! (Não é comercial da Oi não)
Que resolve te ligar algumas vezes no dia pra dizer coisas como: “Tava vendo aqui o bandejão do self service onde almoço... você gosta de rúcula?” ou, a noite depois das 23hs “Oi... então, foi legal a aula hoje?” e tem os sinceros e as sinceras que simplesmente, quando você pergunta o motivo da ligação, dizem: “Tava afim de te ouvir um pouco...” Ohhh... é bonitinho né?
Sim, se a porra da ligação não for as 3:15 da manhã! Isso é motivo suficiente pra arrumar um mandato de segurança!

E o gostar de uma pessoa que ainda não conhecemos direito? Tem coisa mais estranha que isso? Você sai uma vez, 2 e ai na terceira já tá querendo chamar de “meu amor” alguém que você nem sabe o sobrenome!
A gente sempre arruma um bom motivo, é verdade, a gente diz que nos faz bem a companhia, que a pessoa é alto-astral, que sabe conversar, que é bonito ou bonita... enfim, mas de fato, lá no fundo, a gente não tem a menor idéia do que nos faz gostar mais dessa ou desse que dos outros... vai entender!

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