quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Gafes

As gafes são sempre os capítulos mais engraçados da vida alheia...
Aliás, a vida alheia é quase sempre engraçadíssima!

Eu já fui mais pródigo em cometer gafes, mas, infelizmente pra todos a minha volta, eu consigo me controlar melhor e manter minha enorme boca fechada... o que eu melhorei bastante foi em perceber as gafes dos outros, algumas vezes eu sou capaz até de antever as gafes e melhor me posicionar para apreciá-las.

Certa vez num ônibus dois amigos encontraram-se, um homem e uma mulher. Parecia fazer séculos que não se viam e conversavam animadamente sobre o que estavam fazendo, sobre o casamento, recente, dela e sobre a mudança de emprego dele.
Depois de vários minutos de “Lembra de fulana?” e “Não acredito que você foi pra tal lugar...” o assunto foi acabando...
Pra cortar o silêncio, eis que o cara diz isso: “Mas olha amiga, você está linda grávida viu!” com um baita de um sorriso no rosto ao olhar para a barriga dela...
Eis que, para a surpresa dele, e a minha, ela respondeu: “Mas eu não estou grávida!”
Neste momento ele limitou-se a dizer, talvez para mudar o foco: “E pra quando estão pensando em encomendar um filho?” Agora com um baita de um sorriso amarelo no rosto... ela respondeu, encerrando este e qualquer outro assunto: “Meu marido não pensa em ter filho agora...” Eu não sei o que ele quis responder, mas eu responderia: “Também com essa barriga toda, eu pensaria em tirar a sua solitária primeiro pra ela não comer a criança!”

Gafes tem o poder de quebrar gelo, afinal a melhor resposta para uma gafe é rir, estando de qualquer um dos lados...
Na faculdade onde estudo fui vitima de uma gafe de um dos colegas que agora é dos meus companheiros mais contumazes de cerveja.
Assim que comecei a faculdade eu precisava faltar muito, e por isso era uma merda conseguir me encaixar nos grupos, afinal todos achavam que eu era um turista.
Quando enfim entrei pra um dos grupos estava com outro cara falando sobre o trabalho e eis que chega este, agora, meu amigo.
Ele nos cumprimenta e pede pra ver a lista de quem está no grupo, ao deparar-se com meu nome ele exclama: “Porra! Esse Roberto num é aquele maluco que num vem nem fodendo pra aula? Vai se foder! Num vou ficar fazendo trabalho pra vagabundo não!”
Olhei pra ele, olhei pro outro cara e começamos a rir muito, até que esse cara percebeu a gafe e, para pagar a gafe, me prometeu uma cerveja.

Tem as gafes pensadas também, afinal muita gente “dá uma de louco” pra chamar a atenção pra coisas que não quer falar diretamente, essas acontecem muito no trabalho.
Tem sempre aquele que chega direto atrasado e sempre tem o espírito de porco pra, quando se passaram 5 minutos do horário normal, perguntar pra todos: “Oh! E Fulano? Mudou de horário ou tá de folga hoje?” numa altura que, com certeza o chefe ouve.
Ou quando alguma coisa tá quebrada e quando alguém comenta o espírito de porco responde, como quem não tá percebendo a merda que tá falando: “Rapaz, mas isso ai num foi a impressora que Fulano derrubou na sexta?” E tome Fulano fazendo cara de cu...

E tem as gafes dos amigos galinhas! Tem a clássica de quando o amigo vem com uma mina você acha que é a “Adriana” quando na realidade é a “Carlinha” e ai você tira do seu amigo a oportunidade de se dar bem nessa noite. Mesmo que na hora você finja que foi de brincadeira, as mulheres não costumam engolir...

Nessa tem várias de confusão de nomes... Eu mesmo, anos atrás quando não era tão bom em evitar as gafes, já cometi uma ótima.
Ficava com uma menina de apelido Tata... nunca soube o nome dela! (Ok, quando fomos apresentados ela me disse o nome, mas aconteceu tanta coisa depois disso que fiquei só com o Tata na memória)
Ficamos e tudo mais, e, semanas depois, ela me encontrou furtivamente e pediu meu telefone, eu não estava mais afim de ficar com ela, nem lembro porque não, mas passei (nunca se sabe né?).
Ai ela me passou o dela, na hora que eu tava gravando o numero ela postou-se ao meu lado pra ver eu gravando o numero (acho que já lembrei porque não queria mais ficar com ela), e na hora de por o nome eu coloquei Tata, e ela perguntou por que eu não colocava o nome dela, eu disse que ia lembrar mais fácil do apelido, e ela virou-se pra mim e disse: “Qual o meu nome então?”
Faltou terra sobre meus pés! Não lembrava! Rapidamente fiz uma lista de nomes possíveis:
  • Thais
  • Tatiana
  • Tatiane
  • Talita
  • Tamires

Que merda! Resolvi arriscar o mais comum: “É Thais num é?” (Sei, esse "num é?" no final me tirou qualquer chance de sucesso, pois se fosse mesmo Thais ia ficar estranho da mesma forma)
E, é claro, não era, era Thaise!
Será que fiquei com ela novamente? Se você acha que não, enganou-se! Ficamos mais uma vez sim... o que quer dizer que as vezes a gafe, por maior que seja, é menor que o desejo!

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